Um dia para refletir
No dia 27 de fevereiro é comemorado no Brasil o Dia Nacional do Livro Didático. Esta data interessa aos legisladores e gestores em educação, aos professores, pais e mães, e aos editores que publicam obras que possam servir de alguma forma como material de apoio ao trabalho escolar.
Um bom livro para a escola deve refletir e valorizar a realidade das crianças, seu povo, sua história, seus costumes, suas tradições, crenças e estilos de vida. E tudo isso precisa ser mostrado como o que é normal, comum, cotidiano, e não como folclore, aspectos pitorescos ou contribuições pontuais de um grupo para uma estrutura histórica, social e cultural que formada basicamente por elementos de outra origem.
Os livros usados na escola são importantes porque, juntamente com as interações diárias na escola, esses livros vão contribuir para a construção da identidade das crianças, da sua autoimagem e consequentemente para a aceitação dos papéis em que a sociedade poderá enquadrá-las quando adultas.
No Brasil, temos uma questão fundamental que é a visibilidade da história e da cultura dos povos africanos e indígenas que participaram da formação da sociedade brasileira. Esses temas se tornaram obrigatórios no Ensino Básico com as leis federais 10.639, de 2003, e 11.645, de 2008. Desde então, o desafio tem sido produzir materiais de apoio para os professores, que lhes forneçam subsídios sobre para o conhecimento das heranças africana, afro-brasileira e indígena, e também formar um acervo de livros infanto-juvenis que deem às crianças e jovens essa visão da sociedade brasileira.
Esta é a tarefa que a Pallas escolheu realizar desde que começou a publicar obras sobre temas da cultura afro-brasileira, escritas por pesquisadores, escritores e, muito especialmente, membros respeitados do clero de religiões afro-brasileiras. Por isso, 27 de fevereiro é para nós um dia de comemoração do sucesso no caminho que escolhemos, mas também de reflexão, exame do que já fizemos e planejamento do futuro.
